sábado, 28 de agosto de 2010

Trabalhos vencedores do TAL: A bebedeira de Margarida de Andreia Silva dos Santos


A bebedeira de Margarida



Era uma certa vez
Na cidade de Irará
Um grupo de colegas
Que vivia a passear
Eram todos assanhados
E gostavam de dançar

Já dizia na cidade
A galera é esperta
Juntos desde  escola
Até mesmo discoteca
Tudo era resenha
Para lembrar as festas

De tudo eles provavam
De whisk e caipirinha
Pra tornar animada
As paqueras das mocinhas
Até gozar da cara
Daqueles que não bebiam

A cidade pequena
Sempre tinha um forró
Se alguém embebedava
A conversa era uma só
Moças viravam quengas
Rapazes não ficavam só

Havia quem acreditasse
A festa ficar melhor
Quando um fazia quatro
E escorava no xodó
Pra não se arrebentar
Na mesa de dominó

Naquela galerinha
Havia a esperta Margarida
Acostumada aprontar
Era muito atrevida
E até despertava
A ira das amigas

Eliane não era assim
Mas bem ajuizada
Escapava dos trotes
E até das cachaçadas
Feitas pelos colegas
Que na pinga se acabavam

Os outros eram danados
Faziam tudo um pouquinho
Pegava no pé de Eliane
Por aquele seu jeitinho
De sempre se esquivar
Dos porres de licorzinho

Eis que chegou o São João
E a forrozada a rolar
Irará fica pequena
Pra confusão que iam armar
A moçada inventou
Todos tinham de embebedar

Margarida era danada
E disse vou acertar
Enrolar Eliane
Pra ela embebedar
E deixar sua marca
No São João de Irará

Cedo ela arranjou
Dois copos de caipirinha
E disse vou empurrar
Cachaça na danadinha
Pra a gente se animar
E ela cair bebinha

Eliane tava perto
E então pode ouvir
A conversa da amiga
Que queria lhe trair
E fazer com que na rua
O comentário sair

Quando chegou a hora
A mocinha então entrou
Por dentro da história
Que margarida armou
Mas ela estava esperta
Da bebedeira se safou

Margarida então disse
- Vamos beber um pouquinho
Tratou logo de trazer
Dois copos bem cheinhos
De caipirinha da hora
Chegava tá branquinho

Eliane disfarçou
E só deu um golinho
Quando a amiga saiu
Lá fora jogou todinho
E logo providenciou
De por água no copinho

Mas tarde volta margarida:
- Amiga vamos dar um gole?
Se empolgando toda
Margarida ficou mole
E Eliane lá estava
Alegre que só fole

Margarida então diz
- Amiga estou travada
Eliane de esperta
Lhe da uma enrolada
E diz minha colega
Estou toda atrapalhada

A situação de fato
Estava era apertada
Quem queria dar o golpe
Tornou-se golpeada
E na volta para casa
Ela foi escoltada

Eliane ajudou
A levar sua colega
E na cama a deixou
Que caiu como pedra
Até que se arrependeu
Ter ido na budega

Este foi o preço pago
Pela moça atrevida
Por tanto querer mudar
Atitude da amiga
A querer lhe embebedar
E torná-la vencida

Se tu gostou do que leu
Pode também um criar
Cordel interessante
Pessoas impressionar
Com mesma capacidade
Que tem o povo de Irará

Andréa Silva dos Santos (3ª - A)

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